Amo


Amo-te

Amo-te, sim, é sincero,
Amo-te…
Sim, é a ti que eu quero.

Dava tudo para o tempo voltar atrás,
Estar de novo ao teu lado…
Alcançar-te…
Quem me dera voltar ao passado.

Foram poucos os momentos juntos,
Mas tudo guardei.
São poucas as memórias,
Mas eu sempre tudo recordarei.

Ainda me lembro…
Conhecemo-nos e eu dizia-te odiar,
Mas como diz o ditado…
Com tanto ódio, acaba-se por amar.

Por momentos pensei que esse sentimento fosse mútuo,
Pois teus gestos eram isso que diziam…
Mas depois tudo mudou,
E no fim descobri que teus gestos mentiam.

Mas já era tarde quando isso descobri,
Pois quando dei por mim…
Já só em ti conseguia pensar…
Quando dei por mim, já de ti estava a gostar.

Sim, foi preciso pouco para me hipnotizares,
Deste-me asas para voar,
E em seguida tiraste-mas…
E eu cai, sem ninguém lá para a queda me aparar.

Já me tinham avisado em relação a ti.
Mas eu não quis saber
E insisti,
Em contigo um amor tentar.

E agora? O que posso fazer?
Agora que te amo…
O meu destino é novamente sofrer.

Porquê?
Se tuas intenções eram só um bom momento passar,
E em seguida me abandonar…
Porque é que me enfeitiçaste de forma a de ti ficar a gostar?
Ou melhor, gostar é pouco…
Eu digo com toda a certeza que te amo!
Pois pensar em alguém dia e noite…
Amor a isso eu chamo

Eu amo-te,
E é por isso que…
Sempre que tento adormecer,
A tua imagem teme em aparecer;
E é abraçada a uma miragem
Que eu me deixo dormir,
Pois assim é uma maneira
De a saudade diminuir.
E tudo parece tão real,
Mas de manhã abalada me sinto, pois tudo foi fantasia…
E é isso que me deixa tão mal,
E sempre que quero esquecer,
Lembro-me dos teus olhos, do teu riso
E isso tanto me faz enfraquecer.
Pois por um lado, nunca mais te quero ver
E por outro, sinto tantas saudades do teu ser
E sempre que tento por ti lutar,
Lembro que me fazes sofrer
E que sempre me irás derrotar,
Pois por mais que eu pense que não,
Tu nunca irás mudar…

Fazes-me tanta falta…
Preciso tanto de ti,
Por favor, eu peço: “volta para mim”,
Mas não voltes assim…

Não voltes sendo aquilo em que te transformaste,
Volta sendo tu próprio,
Sendo aquele ser
Que anteriormente me mostraste.

Pois preciso de ti,
E não do alguém por quem te fazes passar,
Preciso de ti sincero
E não naquele alguém em teimaste mascarar.

E é a pensar que vais voltar,
Que eu ainda consigo viver
É a pensar que me vais voltar a abraçar
Que eu continuo o meu caminho percorrer.

Eu amo-te
E é por isso que sempre que te imagino de novo a meu lado,
Faz-me voar…
E só de pensar que já te tive no passado
Dá-me vontade de lutar.
E sempre que te vejo,
Quero te tocar…
Mas sei que não devo,
Porque me irás voltar a magoar,
E sempre que tento ignorar,
Não consigo…
Pois o sentimento é tão forte
Que não me deixa libertar.
Eu amo-te…
Dá-me uma oportunidade de demonstrar…
Amo-te tal como és,
Simplesmente por te amar.
Eu amo-te
E não me canso de o dizer.
Eu amo-te,
Fica comigo não me faças sofrer.
Eu amo-te,
Sem ti nada faz sentido.
Por favor mostra-me
Que ainda é possível ficar contigo.

Mas depois penso…
Que para ti…
Fui apenas mais uma,
E isso faz-me recuar,
Faz-me baixar as armas
E ter medo de novo tentar.

Porque é que preferes ser
Um vilão disfarçado
A um príncipe encantado?

Tu que para mim és perfeito,
Tu que para mim és o escolhido,
Por vezes colocas uma mascara
De um alguém que me é desconhecido.

Eu amo-te
E por ti faria tudo.
Eu amo-te, por ti iria até ao fim do mundo.


Luana de Brito Pereira (aluna da ESFFL)
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